Encerrado o episódio Mandetta – que, em princípio, deve se preservar para outros voos, evitando filiar-se à oposição aberta ao presidente – o novo adversário de Bolsonaro foi escolhido: Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados. Foi Maia que conseguiu aprovar a reforma da Previdência, o que irrita Bolsonaro desde aquela época: como se atreveu a brilhar mais do que ele?
Maia pode atrapalhar muito os passos do Governo, que até hoje não tem boa relação com o Congresso. Não faz mal: Bolsonaro não vive sem um inimigo para chamar de seu. Diz que Maia – por ter conseguido, em votação massacrante, aprovar um substancial auxílio federal aos Estados, que devido à pandemia perdem boa parte da arrecadação – “está conduzindo o Brasil para o caos”. E – textual – “parece conspirar e querer me tirar do Governo”. Bateu duro: “Quando você (Maia) fala em diálogo, a gente sabe qual é o teu diálogo, então esse tipo de diálogo não vai ter comigo”.
A resposta de Maia é que Sua Excelência o critica para desviar a atenção da saída do ministro Mandetta. Prometeu reagir às pedradas de Bolsonaro “com flores”
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