O ministro da Economia, Paulo Guedes, teria defendido, em reunião ministerial, que o governo federal precisa "vender logo a porra do BB", referindo-se ao Banco do Brasil. As informações são da coluna desta sexta-feira (15) de Bela Megale, do jornal O Globo .
A insatisfação de Guedes em relação ao Banco do Brasil teria sido exposta na reunião ministerial de 22 de abril, citada pelo ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, como a que teria provas de que o presidente Jair Bolsonaro tinha intenção de interferir na Polícia Federal (PF).
Hoje, tramita na Justiça a possibilidade de o vídeo da reunião ministerial ser divulgado na íntegra, o que vai contra o que defende o governo federal. Moro , por sua vez, defende a divulgação e sustenta que o material comprovaria a veracidade de suas acusações contra Bolsonaro em relação à interferência na PF .
O que se sabe agora, segundo as informações da coluna de Bela Megale, é que as polêmicas da reunião entre os ministros não se limitariam a Bolsonaro . Além do chefe do Executivo, Guedes também poderia ser exposto com a divulgação do vídeo, já que o ministro teria revelado grande insatifação com "a porra do Banco do Brasil" no encontro.
Segundo a coluna, Guedes passou a fazer críticas mais duras ao BB nos bastidores. As reclamações teriam como base o fato de o Ministério da Economia estar adotando medidas para fornecer créditos às instituições financeiras, mas que isso não estaria chegando às empresas. O chefe da Economia defenderia que o BB "deveria puxar a fila" por ter o governo como maior acionista.
Por fim, o ministro também teria queixas em relação ao serviço prestado pelo banco. Segundo Guedes, o BB está atrasado demais em relação aos outros bancos no que diz respeito à tecnologia.
A privatização do Banco do Brasil já chegou a ser especulada no governo Bolsonaro, mas, em todas as oportunidades, tanto a instituição quanto o próprio Executivo desmentiram. Em dezembro de 2019, o presidente disse que "Não existe qualquer intenção de privatizar Caixa e BB" , negando, à época, a possibilida de vender os bancos públicos.
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