Mas o que muitos esquecem é que ao lado de cada um desses candidatos encontramos uma figura misteriosa: o candidato a vice. Sem muitas funções oficiais, além de substituir o titular do cargo, a existência dessa figura é muitas vezes ignorada, o que é um grande problema.
Além de companheiro de chapa, o vice é a pessoa que será mais próxima do poder, Mas ele não precisa chegar ao lugar do titular para fazer alguma diferença. Um bom companheiro de chapa pode colaborar e muito na administração, dialogando com a sociedade e somando forças com o Prefeito. Assim sendo, é muito importante entender os principais fatores envolvidos na escolha de um vice.
Algumas questões pode ser da curiosidade de muitos leitores: quais são de fato as atribuições de um vice-prefeito?
Oficialmente não são muitas. Pode-se dizer que a principal função de um vice é justamente ser o substituto imediato do prefeito no cargo. Em caso de renúncia, morte, cassação ou impedimento do titular, é o vice que herda o cargo. Ele também assume quando o gestor se ausenta do município, dependendo do caso.
Além de ser simplesmente um tampa-buracos, o vice pode ser também um articulador político, auxiliando o prefeito no cargo em tudo que estiver a seu alcance. Ou seja, ele não precisa assumir o cargo definitivamente para ser uma pessoa ativa na gestão e colaboradora.
Oficialmente, os vices são escolhidos nas convenções que é o espaço em que os partidos definem quem serão seus candidatos e se farão parte de alguma COLIGAÇÃO.
No caso de o partido se coligar a outros, é muito natural que o candidato a vice venha de algum partido de coligação formando uma chapa mista (diferente da chapa pura, com dois nomes de um único partido). Chapas mistas são comuns nesse caso porque o partido com o candidato titular precisa acenar aos outros partidos que eles terão uma participação efetiva na gestão do executivo em caso de sucesso nas urnas. Assim, cargos-chave são oferecidos aos partidos da coligação, e um deles pode ser o de vice.
Após as eleições, o governante terá de formar uma coalizão que o apoie. Note que não estamos falando mais de coligação, pois ela só serve para fins eleitorais. Assim que a eleição termina, cessa também a coligação. Mas a coalizão, que é um arranjo informal de parlamentares que apoiam o prefeito eleito, deve existir ao longo de todo o mandato, dentro do Poder Legislativo.
O vice pode ajudar a articular essa coalizão, especialmente se for de um partido diferente do titular. Nesse caso, ele pode ter mais facilidade para convencer seus correligionários e mantê-los dentro da base de apoio do prefeito.
O vice precisa ser uma pessoa da confiança do titular da chapa. Por um lado, ele deve demonstrar que está apto a ser um bom substitutos e com qualificações que o credenciem como gestor público.
Também não se pode menosprezar a importância da afinidade de ideias entre o vice e o titular. Eles precisam estar sintonizados e ter prioridades semelhantes, caso contrário, podem surgir conflitos. É frequente que candidatos descrevam o vice ideal como alguém que "trabalhe mais e reclame menos" ou que “ajude mais do que atrapalhe”.
Em que pese que a importância da discrição deste candidato, ele também é frequentemente escolhido para render uma votação mais expressiva para a chapa. Por isso, nomes com base eleitoral forte são frequentemente escolhidos, na esperança de que consigam transferir alguns votos adicionais para a candidatura.
Ele(a) pode também trazer votos de bases eleitorais em que o titular não é capaz de alcançar uma boa votação devido a duferencas ideológicas. Dessa forma, ele pode ser um bom complemento à votação do titular.
Você entendeu a importância de um vice-prefeito e como ele pode influenciar no jogo político? Daí os mistérios pelas escolhas deles. Ficando praticamente por último, pós são peças-chaves.
(Politize)
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