Até ontem, a sucessão municipal estava resumida ao noticiário frio e sem emoção. Parafraseando o futebol - e a política o que é se não um jogo diabólico e maquiavélico - o juiz (a Justiça Eleitoral) vai mandar rolar a bola. Da canela para baixo, tudo é joelho: vale bater sem piedade. O que não vale é a agressão covarde e gratuita.
Covardia gratuita é mentir, dissimular. Numa campanha de pandemia, o território fértil do engodo e da enganação está pavimentado pelo asfalto pantanoso das fake news. Elas chegam para impressionar: em manchetes que chamam atenção, editadas com falsas fontes em supostos sites ou blogs de muita credibilidade e populares.
Checar a informação no Google é o primeiro passo. Se você não encontrar o assunto em links que liguem diretamente ao site referido, não acredite. Mais importante ainda: não difunda. Compartilhar fake news é porta aberta para o crime. E crime pode resultar em multa e até prisão.
O jogo que vale é o da desmistificação dos políticos na campanha. Esses têm que ser desnudados. Desnudar é investigar o seu passado, o que fez ou deixou de fazer, o que prometeu e nunca cumpriu. Se roubou, se mentiu, se já se envolveu em maracutaias, se honrou compromissos, enfim, se é ou não um político decente e confiável, comprometido com as grandes causas em defesa dos menos favorecidos.
A campanha começa hoje e até a eleição, com primeiro turno em 15 de novembro e o segundo em 29 de novembro, para capitais e colégios acima de 200 mil eleitores, carros com sons barulhentos aparecerão em seu bairro e rua com propaganda de candidatos. Essa mesma propaganda chegará até você por meio de santinhos, praguinhas, cartazes, adesivos e perfurados no vidro traseiro do carro.
A partir de hoje também estão permitidos os eventos de rua e internos, como caminhadas e carreatas. Comícios tradicionais estão abolidos por conta das regras da pandemia, porque se constituem atos propícios à aglomerações. O porta a porta também vale, mas preste atenção se o candidato está respeitando o uso de máscara.
O tempo da largada de hoje na propaganda também se dará pelas redes sociais. Mas o chamado guia eleitoral no rádio e na televisão só começa no próximo dia 9. Tempo de eleição é tempo próprio e propício à reflexão.
Muitos vão bater à sua porta, os falsos e verdadeiros profetas. Saiba distinguir um do outro como se separa o joio do trigo, porque o seu voto é a arma mais poderosa para transformar a sua vida e por consequência a de todos nós.
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